CIDADE UNIVERSITÁRIA VIRA SÍMBOLO DO ABANDONO: “CADÊ OS R$ 300 MILHÕES?”, QUESTIONA MARIA DO CARMO

Pré-candidata ao Governo do Amazonas critica desperdício de recursos públicos e afirma que o projeto da Cidade Universitária se tornou “um retrato da velha política”.

MANAUS (AM) – O projeto da Cidade Universitária, que deveria representar um marco para o ensino superior no Amazonas, se transformou em um símbolo de má gestão pública e no retrato do abandono. A denúncia foi feita pela professora Maria do Carmo (PL), pré-candidata ao Governo do Estado, em vídeo publicado nas redes sociais nesta segunda-feira (22), no qual questiona o destino dos R$ 300 milhões destinados à obra.

“Aqui, mais de dois mil alunos poderiam estar estudando todos os anos. Mas o que resta é o abandono e uma pergunta que não sai da cabeça dos amazonenses: R$ 124 milhões gastos em uma obra fantasma. E cadê o dinheiro? Ninguém sabe, ninguém viu”, declarou Maria do Carmo, durante visita ao local.

O custo do desperdício

De acordo com a pré-candidata, se o valor total estimado do projeto – R$ 300 milhões – tivesse sido aplicado corretamente, seria possível construir quase 200 escolas, 2.600 casas populares, 10 hospitais ou 180 quilômetros de asfalto em diversas regiões do Estado. Corrigido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o montante atualizado seria de quase R$ 553 milhões.

“Conheço o valor da educação. Desde que comecei a dar aula aos 16 anos até erguer o primeiro prédio da nossa faculdade — que custou R$ 3 milhões, ou seja, 100 vezes menos do que esse projeto fantasma —, aprendi que o problema não é a falta de recursos, mas a falta de caráter, gestão e compromisso com as pessoas”, afirmou.

“Um retrato da velha política”

Gravando o vídeo entre os escombros da obra inacabada, Maria do Carmo classificou o local como um símbolo do descaso público e defendeu que a população amazonense precisa reagir a esse modelo de governança.

“A mudança que eu represento — e que muitos desejam — é bem diferente desse esqueleto aqui atrás de mim. Mudar é urgente. E mudar só depende da gente”, afirmou.

A pré-candidata reforçou que a educação deve ser prioridade real de governo e que a renovação política é essencial para transformar o Amazonas.

“Se fiz tanto com muito menos, o que falta a esses que governam há décadas é vontade de servir, não de se servir do povo”, concluiu.


Da Redação – Tribuna de Humaitá
Com informações da Assessoria.